quarta-feira, 7 de abril de 2010

Metade gente, metade divino ou para Honório Félix.




Ouço meu nome como um eco que gradativamente vai ficando mais alto. Abro os olhos puxando ar de súbito. 6:23! Não vai dar, não vai dar! Água, pulinhos, pressa. Aquela cesta estava ali, linda, deliciosa. Porém, resisti. Nada no estômago. Parei em frente a tua casa, segurei a cesta sorridente como quem carrega o último tesouro encontrado no Egito. Fui embora imaginando a que horas irias acordar, o que você iria pegar primeiro.

11:30. O sol já bem quente e a sensação de que todos iam embora, menos eu. Vontade de sombra, de chuva, de bater na cara de quem fez com que eu ficasse quarenta minutos debaixo daquele sol que parecia estar cada vez mais perto de mim.

Chegar, desencontrar, discutir, rir, esperar você no calor. Sim, é bom respirar vida. E tchau. Num abraço de quem não quer ir.

De mochila nas costas, com dor de cabeça e uma vontade de sorrir. Não consegui conter. Sorri para o motorista, para o trocador, para as pessoas na esquina. Sorri para o nada. Sentimento de futuro. De futuro presente, existente, promissor.

Mais um ano de querer o teu espírito incansável, teus sonhos extremos. Mais um ano preenchendo lacunas, criando novos mundos, novas palavras, novas maneiras de fazer silêncio e gerar compreensão. Diferenças e encaixes que formam um todo. Mais Cacilda e Walmor, Paulo e Tônia, Fernanda e Fernando, Della Costa e Polloni, Nídia e Sérgio, Nara e João, Fátima e William, Elton e Gaga, Madonna e Jesus, Gil e Caetano, Victóra e David, Tim e Johnny, Cássia e Nando, Ney e Cazuza, Rita e Roberto, Jane e Herondy, Dalva e Herivelto, Fred e Ginger, Angelina e Brad, Dolce e Gabbana, Pola e Paulina, Paulina e Carlos Daniel, Maria do bairro e Luís Fernando, Pink e Cérebro, Batman e Robin, Gomes e Mortícia, Fester e Demência, Fred e Vilma, Natasha e Honório.



Daqui pra frente. Daqui pra sempre. Sempre, de novo.

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