sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ésses.

Eu queria que você viesse
que apagasse a luz
que me abraçasse
que me fizesse dormir
Eu queria que você viesse.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não há cinzas.

Eu sei que nunca mais lerei esses livros empoeirados na minha estante
que a minha camisa de algodão ficará velha um dia
que a varanda está fria e que o meu cinzeiro nunca usado continua lá, esperando as cinzas de um dia difícil
que os meus pés cansados e a minha cabeça à mil são provas de um dia vivido
que o meu medo de perder as pessoas continua; tenho medo de que elas dobrem a esquina e não saibam mais voltar.
Mas não sei dar nome a essa respiração ofegante, a essas batidas aceleradas e a essa ansiedade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

HOJE TEM!


Vai ser bábado, geente! Vamo beber, comer, se jogar, fazer, arrasar na montação! Se jooooga, bilu!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DIA.

Sem mais tardes mornais, normais.
Em casa, estou de visita. Me encontro na rua, nos lugares, nas pessoas.
Cedinho me misturo aos traseuntes e chego aonde quero estar. Depois, me misturo novamente e chego onde quero ficar.
A noite, meus pés nada atraentes não me impedem de dançar, de criar. Invocamos deusas, musas e ninfas das fontes de Evoé.
Um postal de Amália Rodrigues na minha cabeceira me faz sentir uma profunda saudade de quem agora está na Cidade Invicta.
Não tenho pressa, tenho vontades. Vejo o tempo sumir, vejo o tempo passar. Vou juntando cores pelo caminho e sigo me renovando dia a dia, a cada manhã.